Unidade e defesa do movimento sindical pontuam os discursos de abertura do XVIII Conapef


Os discursos de abertura do XVIII Congresso Nacional dos Policiais Federais (Conapef) exaltaram a unidade da corporação e a defesa do movimento sindical. O evento ocorre de 4 a 6 de outubro e está sendo realizado na sede da Polícia Federal, em Brasília (DF).

O primeiro a ter a palavra foi o chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Eliseu Soares Lopes, que ressaltou a importância do papel que a Polícia Federal tem desempenhado junto à sociedade brasileira.

Em seguida, a palavra foi dada ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, que iniciou sua fala destacando o ineditismo da realização do Conapef na sede da Polícia Federal. “É a primeira vez que esse congresso é realizado na sede da Polícia Federal. Isso não é à toa. É porque nós estamos trabalhando muito para, de maneira definitiva, termos a união, a integração entre todos os policiais, todos os servidores da nossa instituição e, portanto, há o porquê de estarmos aqui juntos”.

Outro ponto de destaque do discurso do diretor-geral foi o enaltecimento ao movimento sindical. Andrei Passos ressaltou o papel fundamental dessas entidades na valorização do servidor público. “Fico muito confortável de reafirmar o papel do sindicalismo, de reafirmar a importância de termos essa proteção, esse ambiente para que nós servidores tenhamos apoio, um movimento de proteção e de fortalecimento institucional. Isso é o que mais me toca nesse momento”.

O encerramento da cerimônia foi coroado pela fala do presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcus Firme. Na oportunidade, o presidente lembrou que o evento deixou de ser realizado nos últimos cinco anos devido a pandemia de covid-19, mas que retorna com temas muito pertinentes à categoria: lei orgânica e saúde mental.

Sobre o último tema, o presidente lamentou os casos de suicídios entre os policiais federais e ressaltou a importância de falar sobre esse assunto até que esse deixe de ser um tabu. “Sabemos que ainda são grandes os tabus e preconceitos que envolvem o tema e, por isso, temos trabalhado permanentemente em uma campanha de conscientização e informação para que a pessoa em adoecimento mental se sinta confortável para buscar ajuda e para que os colegas estejam atentos aos sinais emitidos por quem está passando por dificuldades”.

Sobre a lei orgânica para a Polícia Federal, o presidente lembrou que a instituição completará 80 anos em 2024 e que, até o momento, não há lei que defina as atribuições dos policiais federais. “Até hoje não há uma lei que defina as nossas atribuições. Temos prestado valorosos serviços à sociedade brasileira, notadamente no enfrentamento à corrupção, ao tráfico de drogas e pessoas, à pedofilia, aos crimes cibernéticos e na defesa do meio ambiente e das nossas fronteiras, sem que todas essas atribuições sejam legalmente consolidadas e devidamente regulamentadas”.

Ao encerrar seu discurso, Marcus Firme lembrou da importância do movimento sindical. “É preciso que os novos e antigos policiais federais, que ainda não se convenceram da importância de se sindicalizar, conheçam e reconheçam as nossas conquistas e entendam que juntos somos mais fortes”.


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